A votação de cassação do mandato do presidente do Senado, senador Renan Calheiros, que acontecerá nesta quarta-feira (12) foi motivo de debate durante a sessão desta terça-feira (11) na Câmara Municipal de Maceió. O tema levado ao plenário pelo vereador Marcelo Malta (PCdoB) dividiu opiniões. Marcelo Malta leu na tribuna o editorial do site “O Vermelho”, publicado no último dia dez, com título: “O caso Renan e as Cavalariças”.
No texto o autor fala do poder da mídia o sua capacidade de construir e destruir carreiras e faz severas críticas a revistas Veja e a Editora Abril, que segundo ele na última semana fez vez uma verdadeira caça de assinaturas para tentar abortar a CPI Abril-telefônica, um negócio de R$ 922 milhões, suspeito de violar a Lei do cabo de 1995 e violar o controle nacional sobre as telecomunicações.
No editorial o autor adverte aos leitores “O alvo foi escolhido a dedo: um aliado do presidente Lula, já que este está forte demais nas pesquisas para sofrer um ataque frontal. A votação foi politizada por uma campanha de mídia, capitaneada pela Veja, que exige a cabeça de Renan. Espera-se que os senadores não se verguem a essa chantagem”.
O editorial, de uma lauda, atendendo o requerimento do vereador Marcelo Malta, foi encaminhado na noite desta terça-feira via e-mail para todos os senadores e tem como objetivo alertá-los sobre o fato.
O vereador Pedro Alves (PDT) também se mostrou solidário com o senador Renan Calheiros e em seu discurso afirmou que mais uma vez, grandes nomes da política nacional estão sendo vítima da elite paulista que acredita que fora o estado de São Paulo o Brasil é só um resto.
Já o vereador Galba Novaes (s/partido) relembrou a perseguição política sofrida pelo ex-presidente Fernando Collor e declarou que o senador Renan Calheiros é mais uma vítima da mídia e dos grandes poderosos da política nacional, assim como Fernando Collor.
O único vereador a se posicionar contra o senador Renan Calheiros foi George Sanguinetti (PP) que chegou a defender a mídia, alegando que se foi publicado é por que existiu algo errado. “Mesmo que ele seja inocentado ainda cabe o julgamento moral. A esta Casa cabe no máximo um silencia em sinal de respeito, mais nunca hipotecar solidariedade”, finalizou Sanguinetti reafirmando seu posicionamento contrário ao requerimento do vereador Marcelo Malta.
Jade Magalhães