sábado, dezembro 30, 2006

Câmara homologa aumento de passagem

Em meio ao clima de protestos dos estudantes contra o aumento da tarifa dos transportes coletivos de Maceió, a Câmara Municipal de Maceió aprovou, durante sessão extraordinária realiza neste sábado (30), a homologação do reajuste das passagens. O aumento da tarifa para R$ 1,75 foi aprovado pelo Conselho Municipal de Transporte Coletivo no último dia 28 deve vigorar a partir de janeiro de 2007, agora com a homologação da Câmara o reajuste depende apenas da sanção do prefeito Cícero Almeida.
Dos 18 vereadores presentes a sessão, apenas três posicionaram-se contrário ao aumento, sendo eles os vereadores João Luiz (S/P), Diogo Gaia (PFL) e Paulo Corintho (PT). Para Paulo Corintho o aumento só vem a penalizar a população. “Acho que não é o momento para um aumento na tarifa de transporte coletivo. Somos representantes do interesse da população por isso me posiciono contra”, destacou.
Já o vereador Diogo Gaia, foi taxativo ao informar que desconhece as planilhas de estudos que apontaram para a necessidade do reajuste e questionou a indicação do representante do Poder Legislativo, no Conselho Municipal de Transporte, tendo em vista que a vaga é do vereador Walter Pitombo Laranjeiras, licenciado para assumir o cargo de secretário no governo Muncipal.
Ao justificar seu posicionamento contrário ao reajuste o vereador João Luiz destacou a precariedade nos transportes coletivos, o que segundo ele inviabiliza qualquer reajuste. “Precisa-se de um debate amplo sobre o transporte coletivo do Município, precisamos avaliar a funda as planilhas de custo, para ver se realmente se faz necessário este aumento. Estou surpreso com esse aumento”, revelou.
Para o presidente da Câmara, vereador Arnaldo Fontan (PFL) o reajuste aprovado pelo Conselho Municipal de Transporte, formado por representantes da SMTT, SMCCU, Somurb, Sintaxi, Sinttro, Sintran, OAB, Câmara Municipal de Maceió, Ufal, CDL, Uesa, Movimentos Comunitários, SMS e Sinturb passou por uma ampla discussão técnica, por isso foi homologada pela Casa. “Não estamos avaliando o mérito do projeto, a Câmara tem apenas o poder de homologar ou não. Acredito que o reajuste aprovado pelo Conselho, com o aval de vários seguimentos, tem sua base técnica e deve atender as necessidades do setor, assim como visa diminuir os prejuízos para a população”, finalizou.

Jade Magalhães