terça-feira, março 13, 2007

Segurança pública volta ser tema de debate na Câmara

Os freqüentes seqüestros, assaltos e assassinatos que vem tomando conta de Alagoas, em especial Maceió, foi motivo de debate durante a sessão desta terça-feira (13) na Câmara Municipal de Maceió. O tema levado ao plenário pelo vereador José Márcio (PTB) foi compartilhado por a maioria dos vereadores presentes.
José Márcio ressaltou o clima de insegurança que se instalou em Maceió, onde até a própria polícia se sente acuada. “É lamentável mas a própria polícia se sente acuada com tanta violência, tendo em vista a falta de condições de trabalho, onde falta até combustível para as viaturas”. Destacou.
Já o vereador George Sanguinetti é ainda mais taxativo, e ao falar da segurança pública, ressalta a atual gestão do governo Téo. “A falta de gerenciamento deste governo realmente conseguiu algo nesses dois meses de atuação, ele aumentou consideravelmente a violência”.
Sanguinetti em tom de questionamento deixou uma indagação ao plenário. “houve tanta pressa e urgência deste governo para cortar o salário e perseguir professores e por que não há a mesma pressa para combater a violência?”, disse o vereador destacando ainda que se o Téo não tem capacidade de governar que entregue o cargo.
O vereador Marcos Alves (PR) mais uma vez voltou a solicitar que uma força tarefa seja instalada para o combate a violência no Estado. “Ainda na gestão Lessa solicitei o apoio de uma força tarefa no combate a violência, na época fui criticado e até perseguido, mas volta a ressaltar para conter esse clima de violência só com o apoio de uma força tarefa”, ressaltou Alves.
Marcos Alves alfinetou o governo Téo ao dizer que é preciso coragem e humildade para reconhecer que precisa de ajuda, e solicitar o apoio da guarda nacional no combate a violência em Alagoas.
Já o delegado e vereador João Mendes (S/partido) destacou a importância dos seqüestros para o debate da violência no estado. “Enquanto só morria e se assaltava os pobres a questão de segurança pública ficava esquecida. Agora com os seqüestros de pessoas importantes a questão de violência vem à tona”.
A violência se agravou ainda mais segundo o vereador, pelo avanço dos direitos humanos. “Hoje os direitos humanos passou a ser o direito dos maus humanos contra os excessos do Estado”, desabafou.
Este pensamento do vereador João Mendes também foi compartilhado pelo vereador Galba Novaes (S/Partido) que em seu discurso ao mencionar um episodio de uma tentativa de assalto na Barra de São Miguel, os envolvidos foram liberados por advogados dos direitos humanos. “Hoje, do jeito que as coisas estão, qualquer bandido que quiser fazer um assalto, vai ligar antecipadamente para os direitos humanos e pedir que os esperem na porta da delegacia para liberá-los”.
Já o vereador de oposição Thomaz Beltrão (PT) ao falar de segurança pública ressaltou a importância da união de todos os Poderes no combate à violência. “A violência que impera hoje em Alagoas não é a violência de ladrão pé de chinelo do ladrão de galinha, é a do crime organizado”, finalizou Thomaz convidando ainda os demais vereadores para participar no próximo dia 30 de uma sessão pública para debater a violência em Alagoas.

Jade Magalhães