terça-feira, novembro 28, 2006

Vereadores defendem avanços na saúde municipal e cobram balanços semestrais das ações da secretaria de saúde

A Câmara Municipal de Maceió debateu durante sessão pública realizada nesta terça-feira a situação da saúde pública no Município. Durante a sessão proposta pelo vereador Marcos Alves (PDT) foram abordados temas importantes, como a falta de medicamentos, teto de atendimento do sistema único de saúde e redução de 50% nos atendimentos hospitalares e procedimentos laboratoriais.
Os questionamentos levados ao Plenário pelo vereador Marcos Alves foram esclarecidos pelo secretário Municipal de Saúde, João Macário quem usou a tribuna para desmentir a redução de 50% nos atendimentos hospitalares e laboratoriais. “Isso não é verdade é uma grande balela, não houve uma redução. O que acontece é que Maceió continua sofrendo com a vinda de pacientes de outros municípios, o que compromete os atendimentos”, revelou.
Macário defendeu a descentralização da Saúde, tendo em vistas que cabe aos municípios garantir o acesso em unidades municipais e ressaltou que Maceió não pode pagar a conta de outros municípios. “Atendemos pacientes de todo o Estado e no final a mãe Maceió é que tem que pagar a conta e ela não têm banco central”, falou o secretário ressaltando a importância de sessões públicas, como esta realizada em Maceió, nos demais municípios.
Em relação aos avanços na área de saúde Municipal, Macário ressaltou a implantação do Centro de regulação de consulta, que vai funcionar vizinho ao Pan salgadinho. “Muitos avanços a atual gestão vem implantando no setor de saúde, mas acredito que o Centro de regulação de Consultas merece uma atenção especial. Ele vai garantir ao paciente através da central, a marcação de consultas para todas as áreas especialidades de atendimentos médicos no município, ou seja ao ser encaminhado ao dermatologista, o paciente vai a central de regulamentação e ela agenda sua consulta em qualquer uma das unidades vinculadas ao Município”, explicou.
Já a secretária Estadual de Saúde Jacy Quintella usou da palavra para cobrar dos prestadores de serviços de saúde no Estado, um maior compromisso, pois muitos fazem atendimentos diferenciados e dão prioridades a atendimentos onde o valor da AIH (Autorizações de Internação Hospitalar) são maiores. “Ninguém quer atender pequenas internações, querem sempre os casos cirúrgicos, pois os repasses são maiores. Eles comem a carne e não querem os ossos”, desabafou.
Ao avaliar os resultados da sessão Marcos Alves destacou a importância do mesmo no processo de transparência das ações do Executivo, e solicitou da secretaria Municipal de Saúde que a cada seis meses fosse realizada uma sessão pública para avaliar a situação da saúde no Município. “Foi bastante produtiva esta sessão, alguns pontos foram esclarecidos outros ainda precisam avançar, mas o importante e tornar esta Casa e a população parceiros permanentes nessa luta”, finalizou Alves.


Jade Magalhães